Wednesday, August 20, 2008
Um livro, como quem escolhe uma vida
Foi numa rua inclinada que te encontrei, no baloico de uma antiga infancia.
Lisboa, a descoberto. Ouviste a minha vida enquanto caminhavamos em direccao ao fim da tarde.
Tenho a sensacao que me prendes ainda antes de te conhecer.
Pressinto que me vais contar algo de entranhável. Presságio feito, torna-se assustador.
Estavas lá no dia em que tive de deixar para trás retalhos de desejos, cosidos por maos trémulas.
Nao te trocava.
Contei-te tudo.
Fiz um sorriso.
Tudo é mesmo muita coisa.
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